Ciência Viva - Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica

Zona de identificação

tipo de entidade

Entidade coletiva

Forma autorizada do nome

Ciência Viva - Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica

Forma(s) paralela(s) de nome

  • Ciência Viva. 1996 - 1997
  • Unidade de Ciência Viva. 1997 - 1998
  • Ciência Viva - Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica

Forma normalizada do nome de acordo com outras regras

Outra(s) forma(s) do nome

  • Ciência Viva

identificadores para entidades coletivas

área de descrição

datas de existência

1996

história

Em 1996, através do Despacho I nº 6/MCT/96 de 96.07.01, o Ministério da Ciência e da Tecnologia, criou no quadro do Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento de Administração Central (PIDDAC) da JNICT, o Programa de Apoio ao Ensino e Divulgação da Ciência e Tecnologia. Para a sua promoção e gestão e prevendo a sua necessária articulação com a inovação no campo empresarial, é criada, junto do gabinete do ministro da Ciência e Tecnologia, uma unidade de apoio para a Educação Científica e Tecnológica, sediada na Agência de Inovação e dela recebendo apoio logístico e material. Estava assim formada a U.A.E.C.T. - Unidade de Apoio para a Educação Científica e Tecnológica, organismo embrionário da Ciência Viva, que em 1997, pelo Despacho I nº 7/MCT/97 de 97.03.24, do Gabinete do Ministro Mariano Gago, passa a designar-se Unidade Ciência Viva. Um ano volvido é criada a Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica – constituída como associação cultural sem fins lucrativos por escritura de 17 de Julho de 1998, publicada no Diário da República, 3ª Série, Suplemento nº 256/98, de 5 de Novembro de 1998, permitindo a sua autonomização face à Agência de Inovação e cometendo-lhe uma missão: promover a educação científica e tecnológica da sociedade portuguesa, especialmente junto das camadas mais jovens e nos alunos dos ensino básico e secundário, recorrendo a um reforço do ensino experimental das ciências. De acordo com a informação contida nos seus Estatutos, publicados no Diário da República, III Série, nº149, a 29 de Junho de 2001, a Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica, tem como órgãos sociais:
1. Uma assembleia geral, “constituída por todos os associados no pleno gozo dos seus direitos associativos, sendo dirigida por uma mesa composta por um presidente e um secretário.” (Cf. Artigo Artigo 5.º).
2. Uma direcção “composta por três elementos, um dos quais o Presidente, eleitos em Assembleia Geral, assumindo um deles as funções de Director Executivo, competindo-lhe em especial coordenar toda a actividade da Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica.” (Artigo 6.º)
3. Um conselho fiscal “composto por três elementos”. (Artigo 7.º)
Para além dos seus órgãos sociais, a Agência dispõe de “uma comissão permanente de aconselhamento, constituída por três individualidades de reconhecido mérito na área do seu objecto de actuação, um dos quais, pelo menos, deverá ser estrangeiro”. (Artigo 7.º)
São seus associados fundadores a Fundação para a Ciência e Tecnologia e a Agência de Inovação, S.A., tendo actualmente como associados um conjunto de instituições com as quais tem colaborado ao longo dos anos, a saber: Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), Centro de Neurociências e Biologia Celular (CNC), Centro de Estudos Sociais (CES), Instituto de Telecomunicações (IT), Instituto de Ciências Sociais (ICS), Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC), Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP), Instituto de Tecnologia Química e Biológica (ITQB), Agência de Inovação (AI), Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas (LIP), Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores do Porto (INESC-Porto).

Locais

Parque das Nações, Alameda dos Oceanos Lote 2.10.01, 1990-223 Lisboa, Portugal

status legal

Associação cultural sem fins lucrativos

funções, ocupações e atividades

A Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica (ANCCT), é uma associação cultural sem fins lucrativos cujo principal objectivo é a difusão da cultura científica e tecnológica na sociedade portuguesa, através do apoio a “acções dirigidas à promoção da educação científica e tecnológica na sociedade portuguesa, com especial incidência nas camadas mais jovens e na população escolar”, conforme refere o artigo 2º dos seus Estatutos.
Na prossecução dos seus objectivos, Ciência Viva opera sobre os seguintes eixos de acção:
• Coordenação de campanhas de divulgação científica e tecnológica de âmbito nacional;
• Apoio a projectos de educação científica e tecnológica nos ensinos básico e secundário (realização de actividades experimentais na aprendizagem das ciências e das tecnologias nas escolas e a promoção da cultura científica e tecnológica da população escolar);
• Apoio a acções externas de divulgação científica e tecnológica;
• Parcerias internacionais com Museus e Centros de Ciência;
• Gestão do Pavilhão do Conhecimento da CV;
• Coordenação da Rede Nacional de Centros CV.
Mais concretamente, a Ciência Viva desenvolve a sua missão em 4 áreas de actuação:
1. Iniciativas que se reeditam periodicamente: Semana da Ciência e Tecnologia, a CV no Laboratório – ocupação Científica dos Jovens nas Férias; Ciência Viva no Verão; acções de divulgação como por exemplo o Festival Europeu de Documentário Científico e novos Media, as Conferências Ciência Viva, o Café da Ciência na Assembleia da República, a Semana do Cérebro, Famelab – Concurso de Comunicação Científica, etc;
2. Concursos: Escolher Ciência; Pais com Ciência e Ciência nos Media;
3. Projectos diversos com parceiros nacionais e internacionais, em diversas áreas científicas – engenharia, biotecnologia, biomedicina, ciências do mar, ciências aeroespaciais, etc.
4. Escola Ciência Viva: é um projecto educativo realizado com turmas do 1º ciclo de ensino que durante uma semana têm aulas no Pavilhão do Conhecimento. As matérias são leccionadas com recurso aos módulos da área expositiva do pavilhão, a ateliers desenvolvidos na sala de aula, actividades de laboratório, conversas informais com cientistas reputados e aproveitando o espaço exterior para jogos orientados para a aprendizagem experimental.

Mandatos/Fontes de autoridade

Despacho I nº 6/MCT/96 de 96.07.01
Despacho I nº 7/MCT/97 de 97.03.24
Escritura a associação Ciência Viva – ANCCT, de 17 de Julho de 1998, publicada no Diário da República, 3ªSérie, Suplemento nº 256/98 de 05 de Novembro de 1998
Resolução do Conselho de Ministros nº 68/98, de 9 de Junho que decidiu a afectação do Pavilhão do Conhecimento à instalação de um espaço de divulgação de ciência e tecnologia, através Despacho n.º 6060/99, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º70, de 24 de Março de 1999.
Constituição de associação Ciência Viva – ANCCT, publicada no Diário da República, 3.ª série, nº149, 29 Junho de 2001.
Alteração parcial dos estatutos da Ciência Viva, a 27 de Maio de 2002, passando a sua sede para o Pavilhão do Conhecimento, conforme publicação em Diário da República, III Série, nº158, de 11 de Julho de 2002.

Estruturas internas/genealogia

A Ciência Viva - Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica, estrutura-se nos seguintes departamentos e unidades: a Direcção, que conta com um presidente, um director executivo e um vogal; a Assistente de direcção; o Secretariado; a Assessoria; a Rede de centros Ciência Viva; a Escola Ciência Viva; o departamento de Marketing, Comunicação e Design que inclui a Unidade de Design e Imagem E Unidade de Comunicação e Relações Públicas; o departamento Educativo e Programação que inclui unidade de Cultura Científica Outreach e Programação, Unidade de Serviço Educativo e Unidade de Monitores; o Departamento Expositivo que inclui a Unidade Expositiva; o Departamento Técnico que inclui a Unidade Técnica de Manutenção e a Unidades de Eventos e Logística; o Departamento de Sistemas de Informação; o Departamento Financeiro e Recursos Humanos que inclui a Unidade Contabilidade, a Unidade Financeira, a Unidade de Recursos Humanos e a Bilheteira.

contexto geral

A Ciência Viva - Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica surgiu numa época durante a qual se envidaram esforços para a consolidação da cultura científica na sociedade portuguesa. Todavia, temos de recuar às décadas de 60 e 70 do século XX, para entender a génese da preocupação com a difusão da cultura científica nas sociedades norte-americana e europeia.
A conjuntura do pós II Grande Guerra Mundial, marcada pelo desenvolvimento económico, científico e tecnológico e seu consequente impacto político e militar, levou à necessidade de formar cidadãos elucidados em relação ao papel da ciência e avanços científicos e tecnológicas, como motores do desenvolvimentos das sociedades. Surgiu a necessidade de, por um lado, criar nas camadas mais jovens uma apetência para a aprendizagem das temáticas científicas e do ensino experimental que fomentasse a prossecução de carreiras científicas. Por outro lado, o incremento da cultura científica na sociedade em geral, servia propósitos de qualificação da mão-de-obra, de atitudes positivas em relação à ciência, de compreensão e aceitação do financiamento público de projectos na área científica e tecnológica e no reconhecimento inequívoco da relação entre o desenvolvimento científico e tecnológico e o sócio-económico. Para além desta ordem de atribuições, a compreensão pública da ciência é também vista politicamente como instrumento para o exercício da cidadania e, ao nível cultural, como um meio de eliminação de correntes de pensamento não racionais potenciadoras de retrocessos civilizacionais. A comunicação social, os museus e centros de ciência e a escola foram os veículos para esta transformação social.
No caso português, a visibilidade das temáticas científicas nos meios de comunicação social e proximidade entre os cientistas e a sociedade civil deveu-se sobretudo ao
acesso a fundos estruturais para o desenvolvimento da ciência, possibilitados pela adesão portuguesa à Comunidade Económica Europeia e à presidência da criação da Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica (JNICT) por José Mariano Gago. Veja-se, a este propósito, o papel de José Mariano Gago, conforme relatado no capítulo 1 da obra História da Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica (no prelo):
“José Mariano Gago é uma figura incontornável nesta história, sendo considerado o “pai” do Programa Ciência Viva. Físico do CERN, colega de Charpak e Lederman, Mariano Gago participou no debate europeu sobre a necessidade de aumento da cultura científica e tecnológica. Em termos europeus, Mariano Gago desempenhou um papel fundamental no processo de adopção do projecto European Research Area, proposto por Philippe Busquin durante a presidência portuguesa da União Europeia, em 2000, sendo, igualmente, fulcral a sua actuação enquanto presidente da Initiative for Science in Europe, no sentido da criação do European Research Council. Além disso, Mariano Gago integrou, também, um grupo de trabalho, constituído no final dos anos 80, para reflexão sobre a cultura científica e o ensino experimental das ciências a nível europeu, no qual participaram alguns dos principais pensadores de ciência internacionais. Este grupo de trabalho adoptou a educação científica como a principal área de intervenção no processo de fomento da cultura científica, através do ensino experimental das ciências.(…)
Enumeram-se como principais acções para o desenvolvimento da consciência da importância da ciência e da cultura científica em Portugal, as seguintes concretizações: em 1986, Mariano Gago, então presidente da JNICT, cria o Programa Mobilizador da Ciência e da Tecnologia, cujo objectivo era a realização de projectos dinamizadores da ciência e tecnologia a nível nacional, na sequência do trabalho desenvolvido pela Associação de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento; em 1987 lançou-se o Projecto de Sensibilização da Juventude para a Ciência e Tecnologia, programa que criaria a Semana de Ciência e Tecnologia em todas as capitais de distrito, com um conjunto de iniciativas que estimulavam contacto o entre os cientistas e o público; em 1988 promulgou-se a Lei n.º 91/88 – Lei sobre Investigação Científica e Desenvolvimento Tecnológico; 1993 surge, sob a responsabilidade da Secretaria de Estado da Ciência e da Tecnologia do Ministério do Planeamento e da Administração do Território, o programa Viva a Ciência seguido, em 1995 da criação do Ministério da Ciência e da Tecnologia (MCT), pelo Decreto-lei n.º 296-A/95, de 17 de Novembro. Diário da República, n.º 266, I-A Série, 1.º Suplemento, 17 de Novembro de 1995. Foi pela acção do MCT que se lançaram o Ciência Viva e o UARTE – programa de acesso à internet nas escolas básicas e secundárias, públicas e privadas, do 5º ao 12º anos, os mais emblemáticos e decisivos programas para o ensino experimental das ciências e a difusão da cultura científica.

Área de relacionamento

Área de pontos de acesso

Ocupações

Zona do controlo

Identificador do registo de autoridade

PT/CV/CV

Identificador da instituição

Arquivo Ciência Viva

Regras ou convenções utilizadas

ISAAR (CPF)
ISO 639-3

Estatuto

Final

Nível de detalhe

Parcial

Datas de criação, revisão ou eliminação

Criado em 17-02-2016

Línguas e escritas

  • português

Script(s)

Fontes

Fontes de Internet:
http://www.cienciaviva.pt/cienciaviva/agencia.asp, página consultada a 29 de Setembro de 2015.
http://escola.cienciaviva.pt/img/upload/RelatorioAvalia%C3%A7%C3%A3o_IE_2013_2014.pdf, página consultada a 29 de Setembro de 2015.
Heitor, Manuel, Rollo, Fernanda, “Investir na Ciência é, como há 25 anos, investir no futuro de Portugal”, jornal Público, 16.05.2015. Página consultada a 29 de Dezembro de 2015 (http://www.publico.pt/ciencia/noticia/manifesto-para-a-ciencia-em-portugal-de-jose-mariano-gago-25-anos-depois-1695779).
http://act.fct.pt/historia-da-ciencia/protagonistas/jose-mariano-gago-1948/, página consultada a 30 de Dezembro de 2015.
Documentos internos da Instituição :
Actas de Reunião da Direcção da Ciência Viva
Actas de Reunião da Assembleia Geral da Ciência Viva
Relatórios de Actividades
Planos de Actividades
Legislação:
Despacho I nº 6/MCT/96 de 96.07.01
Despacho I nº 7/MCT/97 de 97.03.24
Escritura a associação Ciência Viva – ANCCT, de 17 de Julho de 1998, publicada no Diário da República, 3ªSérie, Suplemento nº 256/98 de 05 de Novembro de 1998
Resolução do Conselho de Ministros nº 68/98, de 9 de Junho que decidiu a afectação do Pavilhão do Conhecimento à instalação de um espaço de divulgação de ciência e tecnologia, através Despacho n.º 6060/99, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º70, de 24 de Março de 1999.
Constituição de associação Ciência Viva – ANCCT, publicada no Diário da República, 3.ª série, nº149, 29 Junho de 2001.
Alteração parcial dos estatutos da Ciência Viva, a 27 de Maio de 2002, passando a sua sede para o Pavilhão do Conhecimento, conforme publicação em Diário da República, III Série, nº158, de 11 de Julho de 2002.
Decreto-lei nº 16/93, de 23 de Janeiro, Regime geral dos arquivos e do património arquivístico (alteração: Lei nº 14/94, de 11 de Maio).
ROLLO, Fernanda, AZEVEDO, Ana Carina, SALGUEIRO, História da Ciência Viva – Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica, (no prelo).

Notas de manutenção

Registo de autoridade criado por: Catarina Lopes Paiva Martins
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